sábado, 21 de janeiro de 2012

Ninguém = Ninguém

Quem me conhece sabe que sou avesso às generalizações. Aquela mania que as pessoas têm de acharem que sabem tudo sobre o comportamento umas das outras. "Todos os homens são iguais", "todas as mulheres são iguais", e assim perdemos ótimas oportunidades de conhecermos pessoas interessantes e únicas. Com o uso cada vez maior das redes sociais, as pessoas criaram o péssimo hábito de passarem suas horas de lazer reclamando das atitudes do sexo oposto (ou do mesmo sexo, sem preconceito), em frente a um computador. Criam uma espécie de "proteção" por conta de experiências anteriores, e acabam se tornando pessoas amargas, que não acreditam na vida. Ora, se fôssemos mesmo todos iguais, porque escolheríamos tanto com quem nos relacionamos? Esse estereótipo de que 7 bilhões de pessoas do mundo se dividem em apenas dois grandes grupos, serve apenas para aquelas discussões chatas de programas bobos na televisão. Em vez de passarmos os dias tentando entender uns aos outros, como se cada pessoa não tivesse o seu jeito próprio de pensar e agir, devemos deixar de lado os pré-conceitos, e permitir que a vida se encarregue de mostrar quem realmente vale e não vale a pena.

quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

A Intolerância Nas Redes Sociais

Ninguém discute os benefícios da popularização da internet, e do maior acesso à informação que nossa geração tem (mesmo muitas vezes a informação vindo em excesso, e de origens duvidosas), mas com o aumento da quantidade de pessoas que vivem no chamado "mundo virtual", aumentam também a intolerância, o preconceito, e o ódio entre as pessoas, através das chamadas "redes sociais", principalmente. Na teoria, esses sites foram criados para as pessoas compartilharem suas experiências, seus pontos de vista, se distrairem de um modo saudável, e acabaram se tornando forma de divulgação política, religiosa, e de pessoas que visam propagar valores duvidosos na web.
Posso direcionar esse texto pra vários aspectos, mas vou me ater a questão religiosa, que é a que mais me chama atenção. Os sites de relacionamento, em especial o facebook, têm servido como palco de troca de acusações, e disseminação do preconceito, principalmente entre ateus, e pessoas que possuem alguma crença ou religião. Obviamente, não é algo generalizado, existem várias pessoas que sabem defender seu ponto de vista de maneira sensata, com argumentos plausíveis e, acima de tudo, SEM OFENDER OS QUE PENSAM DIFERENTE, mas várias outras acabam se contradizendo no que pregam. Exemplo: combater PRECONCEITO com PRECONCEITO. Ateus que se sentem injustiçados devido ao preconceito que REALMENTE eles sempre sofreram, mas que acabam combatendo o preconceito sendo preconceituosos, chamando de "ignorantes" ou "sem cérebro", entre outras coisas, quem tem uma religião e pensa diferente. O mesmo acontece do outro lado, pessoas que creem em Deus, e se indignam ao ver ateus os chamando de ignorantes, são preconceituosos a partir do momento em que "não aceitam" alguém que simplesmente não tem a mesma crença, por acharem absurdo não acreditar em Deus. Mas ora, de onde sai o preconceito, a não ser de dentro das pessoas? Não nascemos preconceituosos e intolerantes, isso vem com a formação do nosso caráter, mas fica difícil exigir tolerância e liberdade de pensamento se você não permite que os outros os tenham.
Cada um de nós carrega consigo, nem que seja pouco, uma parcela de preconceito e aversão a certas coisas (também me incluo nisso, sou humano), mas estamos passando dos limites na internet, e quem acha que isso não influencia na opinião das pessoas por se tratar de "virtual" está muito enganado. Poderíamos aproveitar muito mais a facilidade de nos ser permitido essa troca de experiências pela rede, mas estamos transformando essa vantagem em mais um instrumento criador de intolerância, ódio e, por que não, guerras num futuro bem próximo.